terça-feira, 31 de maio de 2011

Fórum A4: Entrevista a jovens sobre a utilização social dos media digitais

Objectivo: Caracterizar a utilização social dos media digitais pelos jovens e sua relação com o processo pessoal de construção de identidade e socialização.

Competências: Capacidade de análise e interpretação da perspectiva juvenil acerca da utilização social dos media digitais. O que fazer?

( Actividade Individual)
1º) Análise no Fórum A4, de um guião de entrevista sobre utilização social dos media digitais. Recolha de contribuições para o desenho da versão final deste documento.
2º) Realização de entrevista a 2 jovens (masculino e feminino), com base no guião de entrevista definitivo;
3º) Análise e interpretação da mesma (suportada por excertos) à luz do quadro teórico trabalhado na Actividade 2 e 3. Apresentação dos resultados em power point e envio dos protocolos de respostas obtidos nas entrevistas realizadas.
4º) Discussão conjunta em Fórum das análises realizadas.
Recursos de Aprendizagem
- Todos os textos dos Temas 2 e 3.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O papel dos media digitais na construção da Identidade social dos jovens - Parte 2

Após uma leitura mais atenta do texto Weber, S.; Mitchell, C. (2008). Imaging, Keyboarding, and Posting Identities: Young People and New Media Technologies. In Youth, Identity, and Digital Media: 25-47. e uma leitura mais superficial sobre os outros textos produzidos, mas uma leitura reflexiva dos diferentes post's dos colegas, venho expor algumas das minhas ideias sobre a influência dos media digitais na construção da identidade social dos jovens.

No presente momento os jovens vivem rodeados dos mais diferentes elementos multimédia digitais - telemóvel, computador, consolas de jogos, leitores de música, máquinas fotográficas e de vídeo - nos mais variados espaços, privados e públicos. Estes elementos assumem um papel determinante na formação da identidade no período da adolescência e juventude, pois é através deles que a procura e a definição do "eu" têm lugar. Estes artefactos digitais assumem, igualmente, uma função fulcral na socialização. 
Segundo Weber e Mitchel, a identidade é construída em acção, assumindo os jovens o papel de actores principais nas suas produções digitais, onde vivenciam diferentes facetas do "eu", nomeadamente experienciam os seus limites e potencialidades. Contudo, também se assumem como audiência das sua próprias produções, mas são sempre analisados e avaliados pelos seus grupos de pares, dos quais esperam a sua aprovação, aceitação e integração.

Esta construção fluída da identidade, a par com a vivência de diferentes experiências, promove a reflexividade e a construtividade. As identidades são constantemente construídas, desconstruídas, formadas, testadas e experimentadas. E porque são construídas em ambiente online, os jovens recorrem aos diferentes media digitais para afirmar, ver reconhecida e reformular a sua identidade.

Neste sentido, a utilização dos media pelos jovens influencia a formação da identidade pessoal, mas também social, como se pode verificar no texto Goldman, S.; Booker, A., & McDermott, M. (2008). Mixing the Digital, Social, and Cultural: Learning, Identity, and Agency in Youth Participation. In Youth, Identity, and Digital Media: 185-206., explorado pelo meu grupo, o grupo branco. Neste texto, as autoras realçam o papel social que os jovens podem assumir na comunidade em que se inserem, expressando a sua opinião e participando activamente em problemáticas comunitárias, tradicionalmente circunscritas a adultos. Desta forma, os media digitais podem assumir características sociais e culturais, levando os jovens a dinamizar uma cultura participativa, participando e colaborando colectivamente, adquirindo "voz" em ambientes públicos e adultos, ganhando poder e acção. Aqui também se verifica que nem sempre os media digitais são utilizados com objectivos de carácter unicamente pessoal, como quando expressam os seus sentimentos num blog ou numa página pessoal. Estes mesmos elementos digitais, ou outros, podem ser utilizados para fins colectivos como foi o caso da elaboração de um vídeo que explorava a prática de discriminação de adultos sobre jovens numa determinda comunidade.

Neste seguimento, os recursos digitais que são utilizados pelos jovens e o uso que deles fazem não é estanque, tal como o processo de construção da sua identidade. Arrisco-me a dizer que a utilidade que é impressa em cada artefacto digital que é manipulado por um jovem reflecte a sua identidade, ou pelo menos um dos seus estados, ou fases.

Para terminar, concordo que a criação de ambientes de abertura e diálogo facilitam e promovem a confiança e a segurança entre os jovens e os pais e será desta forma que a monitorização da utilização dos media será possível, assim como abrindo caminhos para a compreensão da crescente procura da identidade e vida online dos nossos jovens.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O papel dos media digitais na construção da Identidade social dos jovens - Parte 1

No texto Mixing the Digital, Social, and Cultural: Learning, Identity, and Agency in Youth Participation coloca-se a seguinte pergunta: de que forma os jovens usam as novas tecnologias tendo em vista o seu compromisso de diálogo com a comunidade e de justiça social, e como aprendem a ser participativos em práticas cívicas e democráticas?

Neste texto fala-se de ferramentas digitais, sociais e culturais, as quais, segundo Raymond Williams, facilitam a interacção e a participação social, a comunicação e a aprendizagem, a qual ocorre, segundo as autoras do texto, Shelley Goldman e Angela Booker, através da participação. Esta, por sua vez, é potenciada pelos contextos de aprendizagem, permitindo a participação em diálogos comunitários ou tomadas de decisão.

No presente texto, são expostos dois casos que exploram sobre a importância das tecnologias no suporte da participação e da aprendizagem dos jovens, assim como do desenvolvimento da sua identidade. No primeiro caso aborda-se a questão do "adultismo" através do registo (em vídeo) dos testemunhos dados sobre a prática de discriminação dos adultos sobre os jovens. No segundo caso, os jovens recorreram às novas tecnologias para organizar encontros públicos, através do envio de email, com recurso ao telemóvel.

Através dos equipamentos digitais, a comunicação digital que surge como meio de estratégia, de debate e de reflexão. Para além da conquista da participação social, os jovens vivem experiências ricas em aprendizagem. Segundo Steve Goodman, aprender sobre o mundo está directamente ligado com a possibilidade de o mudar. Neste caso, os jovens utilizaram uma ferramenta multimédia - o vídeo - para responder às forças sociais, culturais, económicas e políticas e impulsionar o diálogo e a mudança social. Contudo, os jovens devem possuir uma perpectiva informada - "critical literacy" - de forma a poderem questionar e reflectir sobre o que os rodeia.

A utilização das tecnologias digitais facilita o acesso e a participação no "mundo adulto", capacitando-os de competências de organização e liderança. Nestes ambientes informais, os jovens aprendem e constroem a sua identidade. Assim, através de uma "cultura participativa", os jovens participam pública e democraticamente na esfera pública.

Termino este post com a seguinte afirmação retirada do texto que tenho vindo a explorar: If we are to have democratic society, people must find or invent new channels through which decisions can be made . . . the problem is not that people will make irresponsible or wrong decisions. It is, rather, to convince people who have been ignored or excluded in the past that their involvement will have meaning and that their ideas will be respected. The danger is not toomuch, but too little participation.

Um exemplo de boas práticas democráticas:

domingo, 22 de maio de 2011

Fórum A3: Actividades Sociais e Desenvolvimento da Identidade nos Jovens

Objectivo: Reconhecer a influência dos media digitais na construção da identidade social dos jovens.

Competências: analisar e discutir o papel dos media digitais na construção da identidade social dos jovens.

O que fazer?
1º) Constituição livre dos grupos de trabalho ( máximo 3 elementos);
2º) Tendo por base a bibliografia a seguir ( o grupo deverá selecionar um dos textos sugeridos, como texto de apoio para esta atividade) elabore um texto de 5 a 8 páginas sobre "O papel dos media digitais na construção da Identidade social dos jovens."
4º) Apresentação no Fórum A3 dos textos efectuados.
5º) Discussão conjunta dos textos apresentados pelos diversos grupos.

 
Recursos de Aprendizagem
Texto 1
Texto 2
Texto 3
Texto 4
Texto 5
Texto 6
Texto 7
Texto 8

Após a análise dos textos propostos, decidi explorar o Texto nº 5 Goldman, S.; Booker, A., & McDermott, M. (2008). Mixing the Digital, Social, and Cultural: Learning, Identity, and Agency in Youth Participation. In Youth, Identity, and Digital Media: 185-206 e juntar-me ao Grupo Branco, constituído pela Margarida Correia e pela Lurdes Viana.

Com recurso ao Messenger e à Wiki, realizamos um texto sobre "O papel dos media digitais na construção da Identidade social dos jovens."

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Fórum A2: Discussão do Processo de Construção da Identidade na Adolescência

Objectivo: Identificar as características e discutir o processo de construção de identidade na adolescência.

Competências: Caractarizar o processo de construção da identidade durante o período da adolescência.

O que fazer?
1º) Leitura individual, com elaboração de uma síntese dos textos disponibilizados (síntese essa que não será necessário colocar no Fórum A2, pois servirá apenas de base ao estudo individual) tendo em vista identificar um conjunto de ideias-chave expressas nos textos;
2º) Apresentação e discussão das ideias-chave identificadas nos textos trabalhados no Fórum A2, moderado pelo Professor.

Recursos de Aprendizagem:

A Construção da Identidade na Adolescência - Parte 1

Segundo Erikson, a construção da identidade é a tarefa mais importante da adolescência (p.107), a qual tem o seu início reconhecido mas não o seu término. Por este motivo é nesta fase de vida que uma multiplicidade de tarefas são vividas e experienciadas. A possibilidade de vivência de diferentes tarefas e experiências vai permitir que cada adolescente inicie o seu percurso (cada vez mais longo) na procura da sua identidade, ou seja, do seu "eu", dos seus valores, dos seus objectivos de vida. "A identidade é uma concepção de si mesmo" (p.107).
Esta concepção da identidade é influenciada por diferentes factores: intrapessoais, interpessoais e culturais, os quais estão presentes nas duas dimensões essenciais na formação da identidade propostas por Marcia: crise/exploração e comprometimento/compromisso. Ao longo do seu percurso na construção da identidade, o adolescente experiencia diferentes "crises", ou seja, é obrigado a tomar várias decisões, como refere Matteson (p.108). Nesta dimensão, o adolescente "explora" o mundo que o rodeia, contribuindo para a formação da sua identidade, assim como para o desenvolvimento do sentimento de identidade. Quando este sentimento de identidade pessoal é atingido, o adolescente atingiu a outra dimensão defendida por Marcia: comprometimento ou compromisso. Quanto maior o sentimento de identidade pessoal, maior o compromisso, contudo este é mais firme quanto mais contínuo no tempo e no espaço for o sentimento de identidade.
Como refere Erikson, "a identidade é um construto multidimensional" (p.111). Por outro lado, a construção da identidade é contínua no tempo e no espaço. Perante estas duas características da formação da identidade pessoal, a par com as características sociais, culturais, económicas e tecnológicas da sociedade actual, os valores reguladores deste processo estão ampliados e são mais diversos. Mas tal como já foi questionado no fórum A1 - o acesso a mais informação repercute-se numa maior aquisição de conhecimento? -, será que este mesmo acesso a um mundo de valores muito mais amplo se repercute de forma positiva na formação da identidade pessoal?
Acho que na formação da personalidade, os pais ou adultos significativos e os grupos de pares "presenciais" continuam a ter uma importância extrema na construção dos valores que basilam a identidade pessoal, principalmente no fomento de valores intrínsecos à convivência humana e na orientação das tomadas de decisão nas diferentes crises que o adolescente actual experiencia.

(Publicado a 3 de Maio de 2011)

A Construção da Identidade na Adolescência - Parte 2

A identidade é algo único, é desenvolvida no e pelo indivíduo, no entanto, a sua construção/formação implica "estar em relação", pois tem de ser reconhecida e confirmada pelos outros indivíduos. Assim, a identidade deve responder às duas seguintes questões: "Quem sou eu?" e "Quem sou eu em relação com?"
"Yet who i am (or who i think i am) varies according to who i am with" (David Buckingham, Introducing Identity, p.1)

A identidade é uma construção social, assim como a própria etapa da juventude: "youth is essencially a social and historical construct, rather than a universal state of being" (David Buckingham, Introducing Identity, p.4). Ou seja, a identidade de um adolescente, ou de um jovem, abrange, para além da dimensão pessoal, as dimensões social e cultural.

Perante estas dimensões, o indivíduo na formação da sua identidade categoriza e estereotipa, nomeadamente o seu próprio "eu": distingue o "eu" e o "outro" e o "eu no grupo. Neste seguimento, Goffman refere: "individuals seek to create impressions on others that will enable them to achieve their goals ("impression management), and they may join or collude with others to create collaborative performances in doing so."(David Buckingham, Introducing Identity, p.1)
Desta forma, realmente urge a pergunta: serão as identidades online mais ou menos verdadeiras que as identidades offline?
A identidade atribui poder e estatuto social ao indivíduo, ao mesmo tempo esta é fluída e maleável nas diferentes etapas de vida, por isso, acho que a "identidade representada" existe nos mais variados contextos, inclusive nos ambientes virtuais, onde a não presença física poderá, eventualmente, promover mais o "uso" desta identidade.
Segundo Raymond Williams "...technology is both shaped and socially shaping..." (David Buckingham, Introducing Identity, p.12)
Neste sentido, é urgente o crescimento da literacia digital, assim como o comprometimento das gerações mais velhas na passagem de valores significativos para que os jovens não comprometam a sua interacção com os outros e as relações sociais que estabelecem online e offline.

(Publicado a 6 de Maio de 2011)

A Construção da Identidade na Adolescência - Parte 3

Segundo a Teoria Social, as mudanças tecnológicas fazem parte do desenvolvimento social e histórico de uma sociedade. Por um lado, as novas tecnologias são moldadas pelos indivíduos de uma dada sociedade, por outro lado, a sociedade e os indivíduos que a compõem são igualmente moldados pelas novas tecnologias. Neste sentido, a par da televisão, a internet assume um papel de extrema importância na formação da identidade dos jovens, quer pelo tempo que estes lhe dedicam, quer pelo valor que que lhe é atribuído.

Tal como refere Erikson, o estado de moratória é um período de "time out", durante o qual os adolescentes podem vivenciar e experienciar diferentes identidades. Neste seguimento, a internet surge como o palco de eleição para estas vivências e experiências, principalmente pelo anonimato que possibilita, ao contrário do que acontece na vida offline.

A actividade online permite aos adolescentes o contacto com um número ilimitado de pessoas, personalidades, identidades, valores, opiniões, etc. Por este mesmo motivo, e como refere Susannah Stern, estar online pode proporcionar oportunidades de auto-reflexão e auto-realização. Segundo a perspectiva "Identity Politics" a internet proporciona também oportunidades significativas para explorar as diferentes facetas da sua identidade, permitindo o desempenho de diferentes papéis. Esta perspectiva afirma que a internet pode proporcionar a descoberta do verdadeiro "eu", visto que naquele espaço pode experienciar situações positivas e negativas que ajudam o jovem a formar a sua identidade.

A internet é um espaço de interacção social, onde os jovens têm mais oportunidades para serem ouvidos, para expressarem os seus pensamentos, os seus pontos de vista, as suas opiniões, sem existir o controlo do adulto. Segundo Dana Boyd, as novas tecnologias obrigaram os jovens a desenvolver novas competências sociais e de comunicação, assim como novas normas sociais que regulam as “relações digitais”.

Segundo Raymond Willliams, as novas tecnologias são a causa das mudanças sociais, as quais podem ser positivas ou negativas, mas pode igualmente assumir-se como a solução para os problemas sociais. A internet e todas as suas possibilidades podem de facto dar origem a usos e situações problemáticos (como é o caso da pedofilia ou pornografia infantil), mas creio que quanto maior for o nível de literacia digital dos jovens que exploram a internet, os riscos associados ao uso da internet serão menores. É necessário capacitar os jovens para avaliarem a informação online, a que procuram e a que disponibilizam, devem reflectir igualmente sobre quem produz essa informação, porquê foi produzida e para quem. Hoje em dia, a internet poderá ser considerada a maior fonte de influência dos jovens, por isso, devem aprender a avaliar os novos campos e grupos de interacção e comunicação em que se inserem, e aprender a tomar decisões e a fazer escolhas, assim como o fazem na sua vida offline.

(Publicado a 8 de Maio de 2011)

domingo, 8 de maio de 2011

Fórum A1: Nativos Digitais vs. Imigrantes Digitais

Objectivo: Identificar e discutir as características atribuídas ao estudante digital.

Competências: Traçar o perfil do estudante digital.

O que fazer?
1º) Constituição livre dos trios de trabalho (inscrevendo-se no fórum respectivo; máximo de três pessoas por grupo);
2º) Leitura e análise dos textos disponibilizados;
3º) Elaboração do perfil do estudante digital, num documento de Powerpoint;
4º) Apresentação do trabalho no Fórum A1;
5º) Discussão no Fórum dos trabalhos apresentados.

Recursos de Aprendizagem:
Link: Residentes Vs Visitantes Digitais?!

Neste primeiro Fórum, eu, a Natália Sarmento e o Jorge Soares constituimos o Grupo Roxo.  Avançamos com a leitura da bibliografia e a visualização do vídeo recomendados, individualmente. Após cada um ter retirado as ideias principais sobre o perfil do estudante digital, iniciamos a elaboração do PowerPoint. Para a realização do nosso trabalho de grupo recorremos ao Messenger, ao E-mail e ao GoogleDocs.

Abaixo publico o PowerPoint realizado: Perfil do estudante Digital | Grupo Roxo

Perfil do Estudante Digital

"Our students have changed radically. Today's students are no longer the people our educational system was designed to teach... Today's students represent the first generations to grow up with this new technlogy... Our students today are all "native speakers" of the digital language of computers, video games and the internet." (Marc Prensky in Digital Natives, Digital Immigrants)

Marc Prensky refere-se aos Nativos Digitais, a geração que nasceu durante a rápida disseminação da tecnologia digital nas últimas décadas do século XX. Constituem uma "singularity", segundo Prensky.

Em "The Emerging Online Life of the Digital Native: What they do differently because of technology, and how they do it", Prensky salienta que os estudantes actuais para além de utilizarem a tecnologia de forma diferenciada, vivem as suas experiências diárias de forma diferente, influenciadas pelas novas tecnologias. "This online life has become an entire strategy for how to live, survive and thrive in the 21st century." 


Os Nativos Digitais comunicam de forma diferente, utilizando canais de comunicação diferentes e para vários receptores localizados nos mais diversos locais. Utilizam formas de comunicação síncronas e assíncronas (chat e email). Com recurso a emoticons, os nativos digitais comunicam as suas emoções, as suas expressões faciais e corporais. Porque comunicam online, também praticam o "net meeting". E desta forma, também socializam de maneira diferente, evoluem e crescem diferentemente.

Os Nativos Digitais partilham utilizando mecanismos diferentes, como o blog. As câmaras fotográficas nos telemóveis ou as webcams são alguns dos instrumentos mais utilizados para partilhar. Também coleccionam e trocam dados: música, filmes, sites.

Os Nativos Digitais coordenam diferentes actividades online, sozinhos e em grupo. Avaliam de maneira diferente, criando sistemas de avaliação e reputação, designadamente para si próprios. Jogam online, sozinhos e com múltiplos jogadores.

Com o acesso à Internet, os Nativos Digitais utilizam diferentes meios para comprar e vender, bens e serviços; também criam de maneira diferente e fazen questão de publicar as suas criações na Internet de forma a estar visível a todos.

Os Nativos Digitais aprendem de maneira diferente, utilizando diferentes ferramentas digitais para o efeito. Pesquisam e analisam informação de maneira diferente.

Publico o vídeo Learning to Change-Changing to Learn, o qual explora a temática do estudante digital: 

Desafios na relação Nativos vs. Imigrantes Digitais

Apesar do contacto tardio com as NTIC pelo facto de ter nascido antes do aparecimento destas, as gerações mais antigas, na sua grande maioria, dominam-nas. Contudo, como alguns colegas já referiram, alguns mantêm comportamentos e necessidades "do passado". De forma a um pleno uso educativo e pedagógico das NTIC, é necessária uma plena apropriação das inúmeras funcionalidades que estas possuem e para isso é urgente a formação dos agentes educativos. Tal como alguns colegas também já referiram, não basta apetrechar os espaços educativos e formativos com as novas tecnologias, estas têm ser integradas de forma a não parecerem invasivas e objectos estranhos. Neste seguimento, acho que a utlização eficaz das novas tecnologias depende exactamente do conhecimento, domínio e utilidade que se têm das mesmas.

Quanto aos estudantes actuais, creio que todos podem ser considerados estudantes digitais, independentemente de terem nascido antes ou depois do aparecimento das novas tecnologias, a partir do momento em que recorrem a estas no seu percurso educativo e formativo. Assim, nativos e imigrantes podem dominar de igual forma as tecnologias, no entanto, o uso e os objectivos que caracterizam este manuseamento poderá ser diferente. Mas nem todos os estudantes possuem motivação e empenho, características fundamentais para a plena utilização das NTIC, situação que se passa com muitos dos nossos estudantes, principalmente os mais jovens.

Diferenciado é também o uso das novas tecnologias entre o sexo feminino e masculino, como refere a colega Margarida, o qual tem por base características históricas e culturais que podem, de certa forma, influenciar a forma como os estudantes fazem o seu percurso educativo e formativo.

Creio que independentemente da geração, da idade ou do sexo, o domínio das NTIC, no meu ponto de vista, depende da predisposição para apre(e)nder os conhecimentos necessários de forma a quebrar barreiras e adquirir as competências digitais.

"It´s  function of attitude" - Siemens (publicado pela colega Margarida).

(Publicado a 21 de Abril de 2011 no Fórum A1)

Considerando a diferenciação que Prensky faz entre imigrantes e nativos, consideraria que os imigrantes (os mais velhos) têm mais predisposição para aprender devido à sua maturidade. Contudo, também podem existir nativos (os mais novos) com esta mesma predisposição. Mas, tal como alguns colegas, também não concordo com esta distinção de Prensky. Por isso, acho que a predisposição para aprender, independentemente da idade, depende sobretudo da motivação para atingir os objectivos delineados por cada estudante no seu percurso de aprendizagem e da ligação e aplicação que os "novos" conhecimentos possam ter na sua vida pessoal, social e profissional. Aprender é um processo activo que implica reflexão e espírito crítico, por isso, quando estas características estão presentes a predisposição para aprender é aumentada.

(Publicado a 27 de Abril de 2011 no Fórum A1)

Em jeito de reflexão, gostaria de dizer que a apropriação e o domínio das tecnologias não é uma questão de geração ou de idade, mas sim uma questão de atitude e de relacionamento com as mesmas. Neste sentido, e perante a sociedade actual é urgente a adaptação e integração das tecnologias no espaço educativo. Contudo devemos dotar estudantes e docentes dos conhecimentos e competências necessárias para uma mais útil utilização das tecnologias, promovendo uma maior qualidade no ensino e uma maior autonomia na aprendizagem.

De facto, a instantaneidade e a abundância de informação nem sempre são sinónimo de maior eficiência e eficácia na aquisição e construção de conhecimento e na realização de tarefas. Daí considerar, como outros colegas já referiram, fundamental a formação dos docentes, os quais são peças chave na orientação da aprendizagem dos estudantes actuais digitais, os quais também podem contribuir para este enriquecimento digital dos docentes.

Assim, considero que vivemos numa sociedade plural e no que diz respeito às novas tecnologias convivemos com diferentes perfis de utilizadores digitais.

(Publicado a 28 de Abril de 2011 no Fórum A1)

Finalizo este post com a sugestão de visualizarem o seguinte vídeo Visitors Residents: the video

Apresentação E-Portefólio

No âmbito da Unidade Curricular Media Digitais e Socialização, inserida no Mestrado em Comunicação Educacional Multimédia, apresento o meu E-Portefólio onde irei analisar e reflectir sobre cada uma das temáticas e actividades propostas de aprendizagem. No presente E-Portefólio pretende-se a partilha de ideias, saberes, opiniões, experiências, assim como a interacção e cooperação durante este percurso de aprendizagem.